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'Revolução radical': skate brasileiro encanta a Índia com Mineirinho

Sandro Dias, Andy Macdonald e destaques do BMX, patins in line e motocross estilo livre fazem turnê histórica pelo país de mais de 1,2 bilhão de pessoas.

A Índia está passando por uma "revolução radical" no mês de maio, e um brasileiro está fazendo parte deste movimento para colocar o segundo país mais  populoso do planeta no mapa dos esportes de ação. Ao lado de grandes nomes do skate, BMX, motocross estilo livre e patins in line, o paulista Sandro Dias, o Mineirinho, embarcou em uma turnê de 40 dias pela terra do cricket. Neste sábado, em Nova Déli, o hexacampeão mundial de skate vertical apresentou para mais de três mil pessoas as manobras que têm conquistado milhões de fãs e adeptos pelo mundo e que pela primeira vez foram executadas na capital do país.

 

 

Sandro Dias decola no half-pipe e comanda a festa na Índia (Foto: André Francio )Sandro Dias decola no half-pipe e comanda a festa na Índia (Foto: André Fancio )

Foi o segundo dos cinco eventos que serão realizados nas principais cidades da Índia. A primeira parada da viagem foi no norte do país, em Bangalore, e reuniu mais de dez mil curiosos.


Isaf anuncia kitesurfe para Rio-2016 e deixa Star e RS:X fora do programa

Federação internacional confirmou as mudanças neste sábado. Classes da dupla Robert Scheidt e Bruno Prada e de Bimba são deixadas de lado.

A Federação Internacional de Vela anunciou neste sábado que o kitesurfe fará parte do programa dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Em votação apertada, por 19 a 17, ficou decidido que o esporte entrará no lugar da RS:X, de Ricardo Winicki, o Bimba. A Isaf também manteve a Star, de Robert Scheidt e Bruno Prada, fora da lista de dez classes que serão disputadas na competição.

Tetracampeã brasileira de kitesurfe, Nayara Licarião comemorou a possibilidade de profissionalização do esporte a partir do anúncio da Isaf.

- Foi uma notícia maravilhosa. Supreendeu todo mundo, pois foi uma votação muito apertada. O mais importante é que a partir de agora o kitesurfe tem tudo para crescer e se tornar popular no Brasil - disse a paraibana, terceira colocada no Mundial realizado no ano passado, em Sylt, na Alemanha.

Kite Regata Barra do Cunhaú (Foto: Maurício Val / FOTOCOM.NET )Kitesurfe será disputado nos Jogos do Rio (Foto: Maurício Val / FOTOCOM.NET )

A maior ausência na lista é a Star. No programa olímpico desde 1932, a classe é a mais antiga da vela. Deu cinco das 16 medalhas olímpicas do Brasil no esporte. Apesar dos pedidos constantes de Robert Scheidt à Isaf, a entidade, que já havia anunciado em 2010 a decisão de excluir a modalidade do programa, manteve sua posição.

Bruno Prada Robert Scheidt vela (Foto: João Gabriel Rodrigues / Globoesporte.com)
Robert Scheidt e Bruno Prada: classe pode ficar fora
dos Jogos (João Gabriel / Globoesporte.com)

Para não ficar fora dos Jogos de 2016, a Star ainda conta com uma reviravolta na próxima reunião da Isaf, em novembro deste ano. Em último caso, a classe poderia entrar no programa através de um pedido do Comitê Olímpico Brasileiro. Bruno Prada diz que a dupla vai tentar reverter a situação depois dos Jogos de Londres.

- É um trabalho de volta que será feito depois do término desta Olimpíada. Não foi feito nada desde a última reunião - disse o velejador, através de sua assessoria de imprensa.

Na classe RS:X, Bimba esteve muito perto da medalha olímpica em Atenas-2004, com um quarto luar. O brasileiro, que vai disputar sua quarta Olimpíada em Londres, foi duas vezes vice-campeão mundial, em 2002 e 2005.

Nayara sonha com aumento de patrocínio

O kitesurfe será disputado na modalidade regata, menos conhecida que o estilo livre, na qual a brasileira Bruna Kajiya foi campeã mundial em 2009. Nayara espera também que o esporte possa receber mais atenção dos patrocinadores, com a inclusão no programa olímpico.

- Agora a gente vai contar com mais incentivo, mais apoio do Comitê Olímpico Brasileiro e da Confederação Brasileira de Vela e Motor. O próximo passo é aguardar como se dará a seletiva olímpica, uma vez que o Brasil já tem vaga garantida por ser o país-sede dos Jogos.

Nayara começou a praticar o esporte aos 22 anos, em 2003, incentivada pelo marido, o também kitesurfista Hugo Montenegro. Segundo ela, Hugo (que atualmente é seu técnico e que produz as pranchas com que ela compete) a ensinou tudo que ela sabe sobre o esporte. Mas se engana quem espera que vá ver Nayara dandos saltos e piruetas dentro do mar. Ela pratica a modalidade regata, e não a estilo livre.

Nayara Licarião Kitesurf (Foto: Divulgação)
A paraibana Nayara Licarião é a atual tetracampeã
brasileira e favorita à vaga olímpica
(Foto: Divulgação)

Em março, a atleta fez parte de um grupo de kitesurfistas que testou os equipamentos olímpicos na Espanha. Nayara foi a única atleta sul-americana a fazer parte do evento na cidade de Santander. Na oportunidade, também foi disputado um torneio não-oficial com as melhores do mundo.

- Fui vice-campeã na Espanha, atrás somente da inglesa Steph Bridge. Acredito que ela será a grande adversária na disputa pelo ouro nos Jogos do Rio, em 2016 - arrisca Nayara.

Paraibano é bicampeão brasileiro
Além de Nayara Licarião, a Paraíba pode ter outro representante nas Olimpíadas do Rio. Isso porque na categoria masculina o melhor do país é Wílson Bodete, atual bicampeão do circuito nacional. No Mundial da Alemanha, no ano passado, ele foi o melhor brasileiro, terminando na 17ª colocação.

Com um litoral propício à prática da modalidade, a tradição paraibana também inclui outro campeão brasileiro, Pedro Carvalho, em 2008.

O kitesurfe é composto de três modalidades - a regata (que fará parte do programa olímpico), a wave e o estilo livre. Esse ano o Circuito Nacional começa em agosto, com quatro etapas - três delas já confirmadas para o Ceará, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. A última etapa deve ser no Maranhão.


Bodyboarder profissional morre após ser atacado por tubarão de 4m

Sul-africano David Lilienfeld tinha 20 anos e surfava na Cidade do Cabo, com o irmão. 'Bodyboard era a vida dele. Morreu fazendo o que amava ', diz o pai.

Gustav e Dirk Lilienfeld após morte de David por ataque de tubarão (Foto: Michael Walker / Reprodução Cape Town)
Gustav e Dirk Lilienfeld após morte de David
(Foto: Michael Walker / Reprodução Cape Town)

O bodyboarder sul-africano David Lilienfeld, de 20 anos, morreu ao ser atacado por um tubarão de 4m em Gordons Bay, na Cidade do Cabo, África do Sul. Segundo testemunhas, ele foi mordido três vezes na perna. Chegou a ser levado até a areia pelo irmão, Gustav, que surfava com ele na sexta-feira, mas não resistiu aos ferimentos.

- Bodyboard era a vida dele, e ele morreu fazendo algo que amava - disse o pai do bodyboarder, Dirk Lilienfeld.

David representou a África do Sul no ISA Games do ano passado, nas Ilhas Canárias.
Presidente da International Surfing Association (ISA), Fernando Aguerre enviou uma carta à família da vítima.

- Em nome da ISA e de todas as delegações participantes do Dakine ISA World Junior, estendo minhas mais profundas condolências à família e aos amigos de David Lilienfeld, membro da equipe de surfe sul-africana e da equipe de bodyboard que competiu o ISA Games nas Ilhas Canárias em 2011.

 

Soberano na Califórnia, Medina 
fatura o título do WQS de Trestles

Brasileiro de 18 anos dá show e tem três melhores notas do campeonato.

Gabriel Medina chegou ao dia decisivo do WQS de Trestles impondo respeito. No caminho, obteve as duas maiores somatórias do evento (19,53 e 19,27). Neste sábado, o brasileiro foi ainda melhor. Na semifinal, somava 19,80 (10 e 9,80) antes da metade da sessão contra Adrian Buchan. Na bateria final, com poucas ondas, não fez tanto, mas ganhou com sobra. Aproveitou bem as ondas pequenas, fez 15,67 e derrotou o irlandês Glen Hall, que não passou de 10,87.

Gabriel Medina surfe Trestles WQS (Foto: Divulgação)
Gabriel Medina dominou as baterias do sábado decisivo em Trestles (Foto: Divulgação)

O paulista de 18 anos saiu da água carregado, levando uma bandeira brasileira. Com o título em Trestles, Medina embolsou US$ 40 mil e somou 6.500 pontos no ranking mundial. De quebra, chegará embalado para a terceira parada da elite mundial, o Rio Pro, que começa na quarta-feira.

- Eu me sinto melhor do que nunca. Estou amarradão por ter feito a final contra Glenn, que surfou muito bem. Não tenho palavras. Eu estava muito confiante e estou muito feliz de representar o Brasil. Essa foi para nós - disse, logo depois de sair da água.

Os brasileiros Heitor Alves e Tomas Hermes pararam na repescagem, uma fase antes das oitavas. Miguel Pupo, que defendia o título da competição, foi eliminado na estreia.

 

Couto busca bi com onda domada em homenagem ao filho: 'Escolhi a dedo'

Paredão em Jaws surfado pelo baiano concorre na categoria remada. Outros cinco brasileiros estão na briga por canecos no XXL, nesta sexta-feira.

Danilo Couto ficou anos em busca de uma onda que lhe rendesse o maior prêmio que um big rider pode ganhar. Com um paredão de 20m em Jaws, no ano passado, faturou o XXL. Nesta temporada, tinha outras preocupações. A esposa estava grávida; o filho, prestes a nascer. No dia 4 de janeiro, ele voltou ao pico havaiano com a certeza de que teria mais uma oportunidade. Encarou "a onda a ser domada" pensando em Keahi, hoje com três meses. Nesta sexta-feira, o baiano, vencedor da categora "Onda do Ano" em 2011, estará novamente em Anheim, na Califórnia, para concorrer com os melhores do mundo. Desta vez, briga pelo caneco de "Maior Onda na Remada". A cerimônia começa às 23h30m (de Brasília).

O Brasil terá outros cinco surfistas na cerimônia. Maya Gabeira vai em busca do penta feminino, desta vez tendo entre as concorrentes a compatriota Silvia Nabuco. Everaldo "Pato" Teixeira está na final do "Maior Tubo"; Felipe "Gordo" Cesarano e Rodrigo Coxa, na "Vaca do Ano".

Danilo Couto tubo Jaws  (Foto: Fred Pompermayer / XXL)
Danilo Couto (dir.) na onda finalista do XXL, em Jaws (Foto: Fred Pompermayer / XXL)

Keahi nasceu 16 dias depois da sessão de surfe que rendeu a Danilo a sexta nomeação no XXL, terceira vez consecutiva.

- Sabia que era uma oportunidade de pegar uma onda grande para voltar a concorrer ao prêmio, homenagear meu filho, facilitar a vida dele. Queria pegar um tubo. Escolhi a dedo - conta o surfista, pai também de Tiare.

Naquele 4 de janeiro, Danilo surfava ao lado do primo, Lapo Coutinho, e do pernambucano Carlos Burle. Desceram a mesma onda. Só o baiano a completou com perfeição.

Os havaianos Shane Dorian e Dave Wassel também surfavam naquele dia e tiveram ondas selecionadas entre as cinco finalistas, assim como americano Ken "Skindog" Collins - Mavericks, Califórnia -, o australiano Jamie Mitchell - Todos os Santos.

A briga vai ser dura. Dave nunca ganhou um troféu do XXL.

- Está muito mais disputado. No ano passado, foi uma vitória clara. Este ano é diferente. Todas as ondas são grandes, principalmente as de Jaws. A do Dave é a onda a ser batida. Não vai ser fácil esse não. Ele é um grande surfista e não ganhou ainda. Acho possível levarem isso em consideração.

Danilo não estava na sessão épica no Taiti, em agosto, com ondas de sete metros em Teahupoo. Foi lá que Pato, Koxa e Gordo se "classificaram" para a final do XXL. Aquele dia 27 rendeu ao americano Nathan Fletcher a final da categoria "Onda do Ano". Confira todos os finalistas:

Onda do Ano - premiação de US$ 50 mil
Nathan Fletcher (EUA) em Teahupoo, Taiti, em 27 de agosto de 2011
Ryan Hipwood (AUS) em Cloudbreak, Fiji, em 12 de julho de 2011
Greg Long (EUA) em Puerto Escondido, México, em 19 de maio de 2011
Garrett McNamara (HAV) na Praia do Norte, Nazaré, Portugal, em 1º de novembro de 2011
Jeff Rowley (AUS) em Jaws, Maui, Havaí, em 30 de janeiro de 2012

Maior onda na remada - premiação de US$ 15 mil
Ken "Skindog" Collins (EUA) em Mavericks, Califórnia, em 8 de fevereiro de 2012
Danilo Couto (BRA) em Jaws, Maui, Havaí, em 4 de janeiro de 2012
Shane Dorian (HAV) em Jaws, Havaí, em 4 de janeiro de 2012
Jamie Mitchell (AUS) em Todos os Santos, México, em 6 de janeiro de 2012
Dave Wassel (HAV) em Jaws, Maui, Havaí, em 4 de janeiro de 2012

Maior onda - premiação de US$ 15 mil

Andrew Cotton (GBR) em Mullaghmore Head, Irlanda, em 8 de março de 2012
Garrett McNamara (HAV) na Praia do Norte, Nazaré, Portugal, em 1º de novembro de 2011
Axi Muniain (ESP) em Agiti, Espanha, em 15 de dezembro de 2011
Ollie O'Flaherty (IRL), em Mullaghmore Head, Irlanda, em 8 de março de 2012
Damien "Taco" Warr (AUS) em Cow Bombie, Austrália, em 16 de outubro de 2011

Maior tubo - premiação de US$ 5 mil

Kohl Christensen (HAV) em Cloudbreak, Fiji, em 12 de julho de 2011
Nathan Fletcher (EUA), em Teahupoo, Taiti, em 27 de agosto de 2011
Tyler Hollmer-Cross (AUS), em Shipstern Bluff, Tasmania, em 17 de maio de 2011
Bruce Irons (HAV), em Teahupoo, Taiti, em 27 de agosto de 2011
Everaldo "Pato" Teixeira (BRA), em Teahupoo, Taiti, em 27 de agosto de 2011

Melhor performance feminina - premiação de US$ 5 mil

Maya Gabeira (BRA)
Silvia Nabuco (BRA)

Paige Alms (HAV)
Keala Kennelly (HAV)
Savannah Shaughnessy (EUA)

Melhor performance masculina - premiação de US$ 5 mil
Kohl Christensen (HAV)
Shane Dorian (HAV)
Mark Healey (HAV)
Greg Long (EUA)
Nathan Fletcher (EUA)

Vaca do Ano - premiação de US$ 5 mil

Felipe Cesarano (BRA), em Teahupoo, Taiti, em 27 de agosto de 2011
Rodrigo Koxa (BRA), em Teahupoo, Taiti, em 27 de agosto de 2011

Danny Griffith (AUS), em Shipstern Bluff, Tasmania, em 26 de outubro de 2011
Mark Mathews (AUS), em The Right, Austrália, em 6 de outubro de 2011
Garrett McNamara (HAV), em Jaws, Havaí, em 4 de janeiro de 2012.